Rigidez, inflexibilidade, teimosia, intransigência e obstinação. Quem nunca conviveu com pessoas assim? São pessoas rígidas em seu modo de vestir, falar, pensar, sentir e agir. A rigidez mental nos torna prisioneiros, pois diminui nossa capacidade de adaptação, criatividade, espontaneidade e positividade. Nos prendemos a velhos padrões que nos impedem de crescer intelectualmente e emocionalmente. Silvana Frassetto, psicóloga clínica e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e Terapia do Esquema (Modelo de Terapia Cognitiva com foco no tratamento de diversos transtornos de Personalidade), acredita que a rigidez é um apego obstinado às próprias ideias e desejos. “Onde há rigidez não há troca e nem crescimento, pois impera a estagnação em todos os sentidos e níveis”, comenta.
Padrões de pensamentos rígidos são altamente limitadores, pois refletem pessoas que não estão prontas para mudar. Pare por um segundo e pense se você é rígido em algum comportamento. Será que não está compensando algum desejo inconsciente? Atrás de todo excesso ou rigidez se encontra a não aceitação da naturalidade da vida.
Ser flexível não quer dizer ser inconstante, vulnerável, volúvel, mas ser acessível à compreensão das coisas e pessoas, começando por si mesmo. Silvana lembra que ser rígido é estar parado no tempo e no espaço com conceitos e crenças lembra que imobilizadoras. “Ser mais flexível é fator básico para o crescimento interior, mental e espiritual”.
Confira dicas para tornar-se uma pessoa mais flexível:
- Sentir-se satisfeito com as coisas boas que estão acontecendo e não se prender às ruins.
- Estar pronto para adotar novas estratégias caso a ideia inicial falhar. A adaptação rápida facilitará muitos processos.
- Refletir tempo o suficiente para analisar todos os pontos problemáticos com clareza. A pausa mostra-se uma ótima opção para que o controle da situação permaneça.
- Entender as críticas como uma forma de aprimoramento pessoal.
- Mudar de opinião sem ter medo de fazê-lo. Muitas vezes, novas informações são obtidas e descaracterizam as ideias anteriores.
- Seja mais atento ao sentimentos e pensamentos dos outros.
- Invista na sua autoconfiança, empatia e na sua “voz interior”.
- Veja o lado bom dos imprevistos porque só assim será mais fácil lidar de maneira bem humorada com os problemas.
- Por fim, atingir mais flexibilidade ao ajudar outras pessoas e ouvir diferentes opiniões fará com que você seja bem quisto por todos.
Referência Bibliográfica: www.psicologiasdobrasil.com.br
Fonte:
Dra. Silvana Frassetto (CRP 07/18986) – É Psicóloga Clínica com Doutorado em Bioquímica (ênfase em Neurociências) pela UFRGS. Possui especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental e Terapia do Esquema (Modelo de Terapia Cognitiva com foco no tratamento de diversos transtornos de Personalidade), pela WP-Centro de Psicoterapia Cognitivo-Comportamental e Institute for Schema Therapy, em Nova Iorque. Atua como docente no Curso de Psicologia da ULBRA. Também é professora e supervisora clínica do Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental do Instituto WP, da Wainer Psicologia Cognitiva e do Curso de Especialização em Neuropsicologia da PROJECTO. É professora do Curso de Especialização em Psiquiatria do Instituto Abuchaim e tutora do COGMED – método de treinamento desenvolvido por neurocientistas que trabalha a atenção e memória operacional.